domingo, 10 de junho de 2012

A REGULAÇÃO DOS SISTEMAS EDUCATIVOS

Na área da Educação, o nosso país deve repensar e refletir o que já foi até então. Existe uma base de dados PORDATA, da Fundação Francisco Manuel dos Santos que fornece informação que incide sobre um longo período, que se inicia, sempre que possível, em 1960 e se prolonga até à atualidade. Essa informação é diversas áreas: População; Saúde; Educação; Emprego e Condições de Trabalho; Produto, Rendimentos e Níveis de Vida; Habitação; Conforto e Bem-Estar; Segurança Social; Cultura; Justiça; Contas Nacionais e Função Social do Estado; Empresas e Trabalhadores.
Neste podemos aferir a longa e difícil caminhada que o país foi fazendo na área da Educação. No entanto, ainda há muito para realizar, uma coisa é o que poder politico pensa e decreta e outra é realizada do dia a dia. Antes, de tudo devia-se analisar a situação, o que nós queremos para o país nesta área. Partindo deste pressuposto íamos realizar um compromisso com todos os atores na educação (professores, encarregados de educação, sociedade civil e o mercado). Só um comprossimo partilhado entre todos, para verificar e avaliar se houve alterações ao rumo definido. Também há a salientar que este diagnóstico deveria ser válido para outras áreas, já que o país é um todo, e este deve pautar por um equilíbrio em várias áreas.
Barroso refere que os que continuam a defender um serviço público e universal da educação, com a garantia do Estado e com a participação dos cidadãos, o reforço da autonomia das escolas deve ser visto como uma forma de aumentar a diversidade da oferta pública e a flexibilização dos processos de organização. Isto leve-nos, ao encontro de conceitos sobre descentralização/desconcentração do Estado (ME). Muitas vezes ouvimos que houve reuniões promovidas pelo Ministro da Educação com presidentes de câmaras, o que em certa medida são uma forma de obter a cooperação e a adesão ao projeto já constituído, sem ter em linha de conta os interesses locais. 

Bibliografia:

  • (1) Regulação dos Sistemas Educativos - O Caso Português, Ramos Documento PDF
  • (2) O Estado, a Educação e a Regulação das Políticas Públicas, Barroso Documento PDF
  • (3) Construir a Europa através de um Espaço Europeu de Educação, Dale Documento PDF
  • (4) Que reste-t-il de l’État-éducateur? Documento PDF
  • (5) Noção de Regulação e Modos de Regulação da Educação, Almeida Documento PDF
  • (6) Note critique sur "Les régulations des politiques d’éducation", Duterq Documento PDF

MODELOS E TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS NOS SISTEMAS EDUCATIVOS EUROPEUS

Hoje, a educação está numa sociedade da “liberalização dos movimentos de capitais, independentemente das fronteiras nacionais” (Canário, 2006:29). Por outro lado, “retirou aos Estados nacionais a capacidade de controlarem os fluxos no interior e com o exterior das suas fronteiras, reduzindo a sua acção a um estatuto marginal, o que não significa, necessariamente, pouco importante.” (Canário, 2006:29).
Nesta perspectiva surgiu uma mercantilização da educação, onde as “modalidades de segregação escolar, por via de escolhas parentais e de mecanismos de selecção dos alunos, ou pela atribuição a entidades privadas da prestação de serviços educativos a agora internos aos serviços públicos” (Canário, 2006:30)
O sistema mundial devia deixar claro o processo de construção de novas de jogo, face ao contexto actual em vivemos e projectamos viver.
Segundo Charlot (2005) citado por Canário (2006:31) a educação surge como uma mercadoria, isto é, “como um processo de produção para o mercado de trabalho de indivíduos “empregáveis”, “flexíveis”, “adaptáveis” e “competitivos”.
Podemos questionar: Será que desapareceu a perspectiva do pleno emprego?
A escola não pode continuar a exercer a sua função de igreja de uma “religião cívica” que fabricaria bons cidadãos Canário (2006:31).




Bibliografia

Canário, Rui (2006). A Escola e a Abordagem Comparada. Novas realidades e novos olhares. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 1, pp. 27-36

domingo, 29 de abril de 2012

MODELOS E TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS NOS SISTEMAS EDUCATIVOS EUROPEUS

“A Europa já não lidera a marcha da história nem lhe cabe o protagonismo determinante no palco das grandes decisões mundiais” (Carneiro, 1994: 3).
Segundo Carneiro (1994: 4)os principais componentes de uma volátil contemporaneidade podem seriar-se:
a) a globalização da economia;
b) os limites da economia de mercado;
c) a intensa terciarização do tecido produtivo;
d) a escassez de postos de trabalho como fenómeno persistente e autónomo;
e) a rápida mudança da natureza e do conteúdo das estruturas;
f) a elevação acentuada das taxas de atividade feminina que vai de par com a queda da fecundidade e da natalidade;
g) diminuição da poupança – privada e pública;
h) o colapso dos valores comportamentais das lideranças;
i) O contraste entre os valores económicos.
Ainda segundo Carneiro (1994: 7), “a educação deixa de ser encarada como instrumento para adquirir o estatuto de finalidade nobre do desenvolvimento, ou seja, é valor superlativo de humanidade e de civilização.”, por outro lado diz-nos “os ricos no seu seio dificilmente se podem sentir felizes quando rodeados por um quadro de degenerescência humana ou então aprisionados no interior das suas cidadelas residenciais, conspicuamente policiadas e protegidas como se se tratasse de fortalezas inexpugnáveis .”
Os governos dos vários países da OCDE deviam ter como prioridade educativa de forma a haver um compromisso social em todos os setores de uma sociedade. Deste modo pondera-se “medir a sinceridade das políticas sociais” e “separar as águas entre o neo-liberalismo económico puro, por um lado, e as estratégias económicas que preservam um rosto humano e uma preocupação solidária, por outro.” (Carneiro, 1994: 8).
A sociedade devia ter como triologia “Aprender a viver juntos, aprender a aprender juntos e aprender a crescer juntos”.
Existem três tipos de sociedade, elas são o Risco, a Ativa e a Educativa.
A Sociedade do Risco consiste em “formas de trabalho flexíveis e precárias pressupõem um modelo de educação menos tutelado e mais autónomo, menos homogéneo e mais diverso e plural.” (Carneiro, 1994: 10).
A Sociedade Ativa caracteriza-se por “repensar o modelo educativo do passado que assentou na estanquicidade sequencial dos tempos humanos e discernir um modelo do futuro em que toda a etapa da vida humana compreende, em proporções variáveis, elementos de cada um desses três tempos.” (Carneiro, 1994: 11).
A Sociedade Educativa, o professor é visto como um agente de mudança e facilitador de aprendizagens. Este tipo de sociedade segundo Carneiro (1994: 11) apresenta um “o sistema educativo concilia a educação básica de qualidade para todos, a equidade e a igualdade de oportunidades, a justiça social, e o processo indispensável de formação e renovação de elites culturais pela multiplicação dos centros de excelência nos mais variados setores de pensamento de fronteira.”
Podemos então questionar: Quais das sociedades têm mais “peso” na sociedade atual? Qual a direção a seguir?








Bibliografia:
Carneiro, Roberto (1994). A evolução da economia e do emprego. Novos desafios para os sistemas educativos no dealbar do séc. XXI

MODELOS E TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS NOS SISTEMAS EDUCATIVOS EUROPEUS


Hoje, a educação está numa sociedade da “liberalização dos movimentos de capitais, independentemente das fronteiras nacionais” (Canário, 2006:29). Por outro lado, “retirou aos Estados nacionais a capacidade de controlarem os fluxos no interior e com o exterior das suas fronteiras, reduzindo a sua acção a um estatuto marginal, o que não significa, necessariamente, pouco importante.” (Canário, 2006:29).
Nesta perspectiva surgiu uma mercantilização da educação, onde as “modalidades de segregação escolar, por via de escolhas parentais e de mecanismos de selecção dos alunos, ou pela atribuição a entidades privadas da prestação de serviços educativos até agora internos aos serviços públicos” (Canário, 2006:30)
O sistema mundial devia deixar claro o processo de construção de novas de jogo, face ao contexto actual em vivemos e projectamos viver.
Segundo Charlot (2005) citado por Canário (2006:31) a educação surge como uma mercadoria, isto é, “como um processo de produção para o mercado de trabalho de indivíduos “empregáveis”, “flexíveis”, “adaptáveis” e “competitivos”.
Podemos questionar: Será que desapareceu a perspectiva do pleno emprego?
A escola não pode continuar a exercer a sua função de igreja de uma “religião cívica” que fabricaria bons cidadãos Canário (2006:31).




Bibliografia:
Canário, Rui (2006). A Escola e a Abordagem Comparada. Novas realidades e novos olhares. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 1, pp. 27-36

sábado, 31 de março de 2012

MUTAÇÕES SOCIAIS E SISTEMAS EDUCATIVOS

Boas noites!
A Educação deve ser “encarada cada vez mais numa perspetiva alargada do desenvolvimento humano e menos na perspetiva dos seus efeitos sobre o crescimento económico” (Ramos, C., 2007). Assim, os quatro pilares da educação são aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser (Delors, 1996).
O sistema educativo público em Portugal tem uma população alvo cada vez mais heterogénea e, por conseguinte, tem de garantir uma educação básica onde o desenvolvimento das competências essenciais dos alunos seja concretizado.  Preservar a educação recebida deveria contar mais com a participação dos Encarregados de Educação e de toda a comunidade educativa. Cada vez mais se educa para participar na comunidade onde estamos inseridos e assumir determinadas responsabilidades. A formação de professores deverá, portanto, continuar a ser instigada, de forma a desenvolver melhores práticas pedagógicas. Os recursos na área da educação devem continuar a ser produto de investimento, não só nas tecnologias de informação e comunicação, mas também em outras áreas disciplinares e não disciplinares. Garantir a inclusão e o acesso às Novas Tecnologias de Comunicação (NTC) deverá ser um dos muitos objetivos que complementam o sistema educativo. As Novas Tecnologias de Comunicação (NTC) são meio um meio que pode trazer uma maior motivação e interesse na aprendizagem dos alunos. Deste modo, os professores, ao utilizarem estas tecnologias pedagógicas, estão a potenciar a construção de conhecimento, enriquecimento das aprendizagens e, no futuro, poderão contribuir para um melhor exercício de cidadania. No fundo, na educação deverá ser uma prioridade a correção das assimetrias na distribuição de recursos e na qualidade das aprendizagens.  A educação ao longo da vida parece uma realidade cada vez presente para alguns portugueses. No contexto atual, as sociedades contemporâneas estão muito influenciadas pela globalização. A economia presente assenta na produção de bens que, em muitos casos, não são mais do que objetos “impostos” socialmente pela publicidade. Giddens fala-nos deste domínio como sendo efémero e instantâneo. Por outro lado, a sociedade de hoje nunca possuiu tanto conhecimento e informação, quando comparada temporalmente com outras sociedades. O conhecimento assumiu uma enorme relevância e é hoje um aspeto importante para qualquer país, quer ao nível da inovação tecnológica, quer outra, sendo um fator de desenvolvimento económico para muitos países. Hoje, um cidadão tem de ter uma capacidade de adaptação à mudança em períodos temporais curtos, visto que ocorrem mudanças rapidamente em termos económicos, sociais e tecnológicos.
Concluo, partilhando a seguinte frase: “Quando julgamos estar a gozar a ideologia atual, estamos apenas a reforçar o domínio que ela exerce sobre nós.” (Zizek, 2006). Há, pois, que nos adaptar a este domínio, e munir os nossos alunos de competências que lhes permitam desenvolver uma visão mais ampla do mundo à sua volta.
Saudações,
Nuno Pinheiro

Bibliografia:
Ramos, C. (2007) in Aspetos contextuais dos Sistemas Educativos
Zizek, Slavoj (2006). Bem-Vindo ao Deserto do Real. Relógio D’Água.

sábado, 3 de março de 2012

Apresentação


Olá a todos……!
Eu sou Nuno Pinheiro, natural de Paços de Ferreira (Capital do Móvel), resido na Calheta, tenho 33 anos, casado e sou professor de Educação Física (2.º Ciclo do Ensino Básico) na Escola Básica Integrada da Vila do Topo, Açores, ilha de São Jorge.
Já leccionei na Apúlia (Esposende) e em 6 ilhas dos Açores (Santa Maria, São Miguel – Nordeste, Terceira – EBS Tomás de Borba, Pico – EBS Lajes do Pico, São Jorge e Flores EBS das Flores).
Neste momento, na escola onde exerço funções de docência, sou Coordenador do Departamento de Expressões.
Os meus lazeres são ler, ouvir música e viajar. Gosto muito de realizar percursos pedestres e observar aves. Frequentemente dou uma “corridinha” logo de manhã cedo, mas realizo ciclismo amador (estrada e btt), além de jogar com os colegas na escola futebol, basquetebol e voleibol.
Quando as condições são favoráveis, e assim que posso também faço bodyboard.
Como não poderia deixar de ser sou adepto do Futebol Clube de Paços de Ferreira, FCPF!!!!

Saudações,
Nuno Pinheiro