Hoje, a educação está numa sociedade da “liberalização dos movimentos de capitais, independentemente das fronteiras nacionais” (Canário, 2006:29). Por outro lado, “retirou aos Estados nacionais a capacidade de controlarem os fluxos no interior e com o exterior das suas fronteiras, reduzindo a sua acção a um estatuto marginal, o que não significa, necessariamente, pouco importante.” (Canário, 2006:29).
Nesta perspectiva surgiu uma mercantilização da educação, onde as “modalidades de segregação escolar, por via de escolhas parentais e de mecanismos de selecção dos alunos, ou pela atribuição a entidades privadas da prestação de serviços educativos até agora internos aos serviços públicos” (Canário, 2006:30)
O sistema mundial devia deixar claro o processo de construção de novas de jogo, face ao contexto actual em vivemos e projectamos viver.
Segundo Charlot (2005) citado por Canário (2006:31) a educação surge como uma mercadoria, isto é, “como um processo de produção para o mercado de trabalho de indivíduos “empregáveis”, “flexíveis”, “adaptáveis” e “competitivos”.
Podemos questionar: Será que desapareceu a perspectiva do pleno emprego?
A escola não pode continuar a exercer a sua função de igreja de uma “religião cívica” que fabricaria bons cidadãos Canário (2006:31).
Bibliografia
Canário, Rui (2006). A Escola e a Abordagem Comparada. Novas realidades e novos olhares. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 1, pp. 27-36
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